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Como montar um DRE – Demonstrativo de Resultado do Exercício

Por Thais Silva em

Há diversos demonstrativos e indicadores financeiros sob os quais todo gestor deve manter os olhos, e um deles é o DRE. Neste artigo iremos explicar o que é e como montar um relatório para analisar a saúde financeira da sua empresa.

O que é?

O DRE (Demonstrativo de Resultado do Exercício), é um relatório contábil que apresenta de forma resumida as operações de uma empresa em determinado período, onde o resultado apurado pode ser de lucro ou prejuízo.

A cada final de ano, junto ao encerramento da contabilidade da empresa, o DRE junto de outras obrigações contábeis precisa ser emitido. Porém, os empresários não devem atentar a esses documentos apenas por cumprimento a obrigações legais. Mais do que emissão obrigatória, o DRE é uma excelente ferramenta para a gestão da empresa.

O demonstrativo é muito útil para ajudar o empresário a analisar o desempenho financeiro da sua empresa. Acompanhando os resultados mês a mês, é possível verificar a evolução das receitas e despesas.

Se o seu resultado gerou lucro, parabéns você está no caminho certo, porém se o você obteve prejuízo, é possível refletir sobre a necessidade de reavaliar os custos e as despesas e se esforçar para cortar determinado gasto a fim de tornar o seu negócio mais lucrativo.

Como montar um DRE?

O DRE deve ser feito todo mês mostrando as receitas (o que a empresa arrecada ou acumula para operar), as despesas (o que gasta para isso) e os resultados que isto gerou neste período.

Não existe um único modelo de DRE, pois ele depende do porte e da atividade da empresa. O passo-a-passo abaixo mostra uma estrutura de DRE simples, mas que te dará uma visão clara das suas receitas e despesas.

  • (+) Receita Bruta
  • (-) Deduções e Abatimentos
  • (-) Impostos
  • (=) Receita Líquida
  • (-) Custos de Venda
  • (=) Lucro Bruto
  • (-) Despesas Fixas
  • (-) Despesas com Vendas
  • (-) Despesas Financeiras
  • (=) Resultado Antes IRPJ CSLL
  • (-) Provisões IRPJ E CSLL
  • (=) Resultado Líquido.

1 – Receita Bruta: inclui receita de vendas de produtos, prestação de serviço, ou qualquer outra entrada no caixa da empresa;
2 – Deduções e Abatimentos: neste campo são informadas as devoluções de vendas, os abatimentos e os descontos comerciais concedidos;
3 – Impostos: valor total de impostos sobre a venda;
4 – Receita Líquida: é o resultado da receita bruta menos as deduções e abatimentos e os impostos;
5 – Custos de Venda (CPV, CMV e CSP): CPV (Custo de produtos vendidos), CMV (Custos de mercadorias vendidas) e CSP (Custo dos Serviços Prestados), apresentam gastos relativos à fabricação de um produto, compra para revenda ou preparação de um serviço;
6 – Lucro Bruto: é o resultado da receita líquida menos os custos de venda;
7 – Despesas Fixas: correspondem aos gastos para manter a empresa em funcionamento independentemente de haver vendas. Contas de aluguel, água, energia e telefone são alguns exemplos;
8 – Despesas com Vendas: gastos como comissões e pós venda;
9 – Despesas Financeiras: todo gasto com instituição financeira, como juros, multas e taxas;
10 – Resultado Antes do IRPJ CSLL: resultado da conta até aqui, desconsiderando o impacto dos impostos sobre o faturamento;
11 – Provisões IRPJ E CSLL: IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) e CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) são os tributos cobrados sobre o faturamento;
12 – Resultado Líquido: chegamos então ao resultado líquido, que é o lucro bruto menos as despesas e as provisões de IRPJ e CSLL. Esse valor corresponde ao resultado final da empresa, considerando os ganhos e perdas do período.

Como analisar o DRE?

Como dissemos no início, o demonstrativo deve ser feito mensalmente dando ao gestor uma visão sobre a evolução da sua empresa. Abaixo temos um DRE com valores fictícios referente ao primeiro trimestre de 2018, sendo possível fazer uma análise horizontal e vertical.

Na horizontal, são analisadas temporalmente (por exemplo mês a mês) a receita e a despesa, para identificar como se deu sua evolução. O interessante dessa análise é entender a evolução tanto dos ganhos quanto dos gastos.

Já na análise vertical são feitas comparações de contas de acordo com seus grupos. Assim, pode-se compreender quanto uma despesa com telefone, por exemplo, e como isso impacta no total de despesas. Com a combinação dessas duas, podem ser compreendidas tendências e feitas projeções que poderão auxiliar a empresa.

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